segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mais uma vez

(Texto antigo, mas achei válido de postar)

Estou com vontade de chorar
Pois o meu coração está ferido
Já não sei mais como aliviar
A dor que tem me invadido

Mais uma vez me vem a solidão
Dizendo:"Que bom, meu rapaz, te encontrar"
Enquanto isso, o meu pobre coração
Vai perdendo o gosto de amar

Mais uma vez, eu vou ao espelho
E vejo o triste retrato de minha face
Os meus olhos estão vermelhos
Pois se perde outra chance de enlace

Se um dia, alguém me perguntar
"Como é ter alguém ao seu lado?"
Responderei que esse gosto de amar
Já faz parte do passado

Se alguém vier me confortar
Dizendo que o amor não é nada sem sofrimento
Terei a triste sina de responder
"Amor, desse jeito, não mais aguento"

terça-feira, 15 de junho de 2010

Tolice

Pois é,
Mais uma madrugada na qual o sono não vem. O meu sossego é permanentemente perturbado por uma gama de pensamentos que retratam o estado de total aflição que, mais uma vez, ronda minha alma e meu coração.
Estava eu, relativamente quieto em termos de “procuras” sentimentais, até que aparece algo que parece interessante num primeiro momento. Algo casual, sem compromisso, sem cobranças, sem vontades impostas, mas também sem limites impostos em uma primeira instância. Enfim, tudo que era necessário para momentos que poderiam mais serenos ou mais tórridos, dependendo da ocasião. Aliás, diga-se de passagem, ocasião era a palavra. O vocábulo ‘obrigação’ só serviria mesmo para rimar num poema ou numa letra de música.

Mas acontece que aquilo que era pensado (e executado) apenas para a eventual e mútua satisfação de carências toma um rumo inesperado em minhas vãs idéias: Uma possível esperança de posse tanto no âmbito corpóreo quanto no emocional, o que pode ser atrelado a um certo desejo de exclusividade, coisa esta que jamais foi prometida. A partir desse momento, o que se apresentava como casualidade, passa a tomar forma de um constante pesar. Isso é causado também pelo meu jeito, talvez errôneo e ingênuo, de lidar com este nível de relação. Em diversas oportunidades, fui inconveniente no momento de dar um passo adiante, seja lá como isso possa interpretado. E há o recorrente erro da extrema facilidade no sentido de se apegar, por mais que seja sabido que são outros os verbos e atos apropriados.

Enquanto eu me expresso nesse emaranhado de letras e palavras, é bem possível que outro alguém esteja bem, contente, sabendo fazer exatamente como ela gosta. Pois é, quando vou aprender?

E cá estou me torturando de novo por não me portar como devo.

Wanderson Lucio.